Izabella Corrêa M. Coutinho
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A obra tem por objetivo apresentar a crítica do filósofo germano-americano Leo Strauss (1889-1973) ao fenômeno do historicismo. Nesta apresentação, o problema do historicismo funciona como o fio condutor para uma introdução à história da filosofia política tal como interpretada pelo filósofo. Em um primeiro momento, observa-se como o tema do historicismo, e notadamente o que se chamou a crise do historicismo alemão do século XIX, configura-se como a herança mesmo de Strauss e a provocação para uma virada hermenêutica original em direção aos grandes textos da filosofia política clássica. Em um segundo momento, a obra expõe os contornos da definição do historicismo proposta por Strauss e os elementos que poderiam compor o quadro de uma genealogia straussiana do historicismo, tal como sugerida pelo autor em seu trabalho mais célebre: Direito Natural e História (1953). Em um terceiro momento, apresentam-se ainda as principais características do historicismo de tipo radical, observando o lugar de destaque reservado a Nietzsche e a crítica àqueles que seriam os dois exemplares mais emblemáticos dessa versão radicalizada, a saber, Martin Heidegger e o britânico R.G. Collingwood. A partir dessa exposição, por fim, a presente obra pretende evidenciar o caráter ambíguo que perpassa a reflexão straussiana, pois embora nos apresente uma crítica contundente ao historicismo, em um sentido paradoxal, Strauss também atribui ao fenômeno um valor de face e concede a ele certa importância.
Prefácio
1 A herança de Strauss: historicismo e filosofia política
1.1 A crise do historicismo alemão
1.2 Primeiras reflexões
1.3 Da teologia política à filosofia política: a virada hermenêutica de Strauss
1.4 A caminho da filosofia política não historicista
2 O fenômeno do historicismo: bases e gênese
2.1 O que é o historicismo?
2.2 Nas origens da filosofia política: a noção de história e a categoria de natureza
2.3 A genealogia do historicismo
3 Os desafios do historicismo radical
3.1 O historicismo radical e o exemplo de Heidegger
3.2 O exemplo de R.G. Collingwood
Considerações finais
Izabella Corrêa M. Coutinho é licenciada e bacharela em Filosofia pela Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), mestra e doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Desde 2019, a autora dedica-se à pesquisa em torno da filosofia política de Leo Strauss e sua recepção.
Título: Leo Strauss e a crítica ao historicismo: uma introdução à filosofia política a partir da perspectiva straussiana
Autor: Izabella Corrêa M. Coutinho
Editora: Ed. PPGFIL-UFMG
Páginas: 210
Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN: 978-65-01-18860-7
DOI: 10.5281/zenodo.13956076