Akrasia epistêmica e ineficiência epistêmica: uma abordagem baseada em virtudes

Neste livro a autora defende um “novo” vício epistêmico, o vício da ineficiência epistêmica. Embora a autora considere batizar e traçar perfis para vícios um empreendimento filosófico ousado, a tarefa é tornada despretensiosa pelo fato de que o vício sobre o qual a autora tenta esclarecer está, na verdade, correlacionado com um problema antigo e muito conhecido na história da filosofia: o problema da fraqueza de força de vontade, ou akrasia. Ela defende essa interrelação mostrando que, embora não sejam, estritamente falando, o mesmo problema, ou problemas-espelho, a fraqueza da força de vontade e a ineficiência epistêmica têm muito em comum. Na verdade, a ineficiência epistêmica, ela afirma, é o mais próximo que se pode chegar da fraqueza da força de vontade em contextos intelectuais ou epistêmicos, uma vez que nesses contextos a noção de força de vontade (capacidade de controlar pensamentos e ações) não é preponderante. A noção preponderante quando se trata de atividade epistêmica é a eficiência (capacidade de produzir os resultados pretendidos sem desperdiçar recursos). Para conseguir isso, ela mostra que há muitos problemas com a coisa que normalmente se pensa ser, ou deveria ser, o correlato da fraqueza de vontade, a chamada “akrasia epistêmica”; e concebe uma apresentação abrangente da epistemologia do vício e da epistemologia da investigação, bem como de por que a ineficiência epistêmica se enquadra como um vício epistêmico seguindo os princípios dessas duas disciplinas.

Apresentação

Introdução

1. Akrasia do intelecto: uma visão panorâmica

1.1. Observações preliminares

1.2. Casos de investigação acrática

1.3. Casos de resposta acrática às evidências

1.4. Casos limítrofes

1.5. Algumas questões pungentes

1.6. Considerações finais

2. Ceticismo sobre akrasia epistêmica: parte I

2.1. Observações preliminares

2.2. Uma caracterização a partir do paralelismo (concepção baseada em ISO)

2.3. O argumento de Pettit & Smith

2.4. O argumento de Adler

2.5. Considerações finais

3. Ceticismo sobre akrasia epistêmica: parte II

3.1. Observações preliminares

3.2. Controle doxástico 134

3.3. O argumento clássico de Williams

3.4. O argumento alternativo de Owens

3.5. Pluralismo doxástico

3.6. Considerações finais

4. Vícios epistêmicos e epistemologia de vícios

4.1. Observações preliminares

4.2. Frameworks baseados em virtudes e epistemologia da investigação

4.3. Vícios de caráter intelectual

4.4. Desafios conceituais

4.5. Ceticismo sobre o caráter

4.6. Considerações finais

5. O vício da ineficiência epistêmica I: traços elementares

5.1. Observações preliminares

5.2. Falta de força de vontade e enfrentamento de dilemas

5.3. Uma visão geral da ineficiência epistêmica

5.4. Ineficiência epistêmica vs. mente fechada

5.5. Ineficiência epistêmica vs. outras más condutas epistêmicas

5.6. Considerações finais

6. O vício da ineficiência epistêmica II: efeitos

6.1. Observações preliminares

6.2. Danos imediatos: atraso na consolidação do conhecimento

6.3. Danos posteriores: a deterioração dos bens epistêmicos

6.4. O caso da corrida pelas vacinas

6.5. Considerações finais

Conclusão

Referências bibliográficas

Veronica Campos é bacharela, mestre e doutora em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais, com doutorado sanduíche na universidade de Warwick/Reino Unido, via programa Capes PrInt. Interessada principalmente em epistemologia baseada em virtudes e epistemologia da investigação, procura aproximar as discussões empreendidas dentro dessas disciplinas à experiência comum e valoriza um estilo de comunicação simples e direto. É também autora de um livro de metodologia e redação filosófica, o livro “Penso, Logo Escrevo”, publicado em 2022 pela Editora Fi.

Título: Akrasia epistêmica e ineficiência epistêmica: uma abordagem baseada em virtudes
Autora: Verônica Souza Campos
Editora: Ed. PPGFIL-UFMG
Páginas: 354
Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN: 978-65-01-14746-8
DOI: 10.5281/zenodo.13773843